"A Arte é um amadurecimento, uma evolução, uma ascenção que nos torna capazes de emergir da escuridão para uma luz fantástica." Jerzy Grotowski


segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

OFICINA: CLOWN - dezembro de 2005

     Em dezembro de 2005 fiz um curso de Clown com Laurance Marafante.
     A arte do Clown é uma das mais difíceis, ao mesmo tempo que fascinante. Aquilo que tentamos esconder no dia a dia, da sociedade e de nós mesmos, o clown vem e nos mostra, nos expõe e nos desafia.
 Há divergências quanto à classificação do clown e do palhaço. Há quem diga que são a mesma coisa. Há quem os diferencie: o palhaço de circo é mais escrachado, o clown é mais sutil, mais poético.


     Dario Fo, grande ator e teatrólogo, fala sobre a arte do Clown em seu livro "Manual Mínimo do Ator":
página 304: "...É um ofício afim ao do jogral e do mimo greco-romano, para o qual concorrem os mesmos meios de expressão: voz, gestualidade acrobática, música, canto, acrescido da prestidigitação, além de uma certa prática e familiaridade com animais - ferozes, inclusive. (...) É preciso convencer-se de que alguém só se torna um clown em consequência de um grande trabalho, constante, disciplinado e exaustivo, além da prática alcançada somente depois de muitos anos. Um clown não se impovisa."
     E também:
página 305 - "O clown vem de muito longe: eles já existiam antes do nascimento da Commédia Del´art."
     "(...) Os clowns, assim como os jograis e os cômicos dell´art, sempre tratam do mesmo problema, qual seja, da fome: a fome de comida, a fome de sexo, mas também a fome de dignidade, de identidade, de poder. (...) No mundo dos clowns só existem duas alternativas: ser dominado, (...) ou dominar."


página 309 - "Com frequência, acontece do clown perdedor virar o jogo, pois salta-lhe a mola do 'agora chega!'. Ou seja, perdido por perdido, resta-lhe uma chance de acabar triunfando."
página 310 - "Pode-se perder tudo, até a vida, mas, por Deus, a dignidade nunca!"
página 315 - "O disfarce junto com a provocação é o elemento de apoio de uma grande quantidade de espetáculos clownescos realizados por palhaços itinerantes da Índia."


quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

TEATRO: DAD - ATUAÇÃO IV - 2005 / 2

    No quarto semestre, na cadeira de Atuação IV, trabalhamos textos de Shakespeare, e eu fiz a Ofélia, de "Hamlet", mas também com textos de "Hamlet Máquina", de Heiner Müller.
   Foi só uma cena mas já deu pra ter uma ideia desse complexo universo Shakespeareano...